O baterista do Children Of Bodom, Jaska Raatikainen, junta-se a Subba-Cultcha no terraço do HMV Forum de Londres para responder àlgumas perguntas neste ensolarado fim de tarde.
Os metallers finlandeses do Children Of Bodom tornaram-se uma referência quando se trata do metal melódico da Escandinávia. Após seu sucedido show como headliners no Bloostock Festival do ano passado, o recente anúncio de sua apresentação no Download Festival deste ano e o aclamado sétimo álbum, Relentless Reckless Forever, eles embarcaram para "The Ugly World Tour 2011". Mais ou menos duas horas antes do show em Londres, o baterista Jaska Raatikainen nos falou sobre a gravação do novo álbum, a alegria de tornar-se pai e a recente felicidade.
Subba-Cultcha: Como você está se sentindo hoje?
Jaska Raatikainen: Melhor! Eu estive doente por um tempo e hoje estou me sentindo melhor.
SC: Como foi a gravação do Relentless reckless Forever?
JR: Foi muito tranquila e fácil. Nós estávamos muito bem preparados desta vez. Fizemos uma pré-produção desta vez. Normalmente, eu sinto-me um pouco pressionado quando gravo as linhas de bateria, como nada pode ser gravado antes da minha parte estar pronta, mas, desta vez, eu senti-me relaxado e tudo correu bem.
SC: Você usou algum método de trabalho?
JR: Não exatamente. O produtor usou algumas técnicas novas de microfone para gravar e também gravamos os backing vocals em Vancouver, mas é só isso.
SC: O que você ouve enquanto trabalhava no álbum, se não nada?
JR: Não muito, na verdade. Estou certo de que todos nós somos influenciados por diferentes tipos de música mas não consigo pensar em nada de particular.
SC: Você ainda encontra tempo para ir a shows e ver suas bandas favoritas?
JR: Eu normalmente encontro mas ano passado me tornei pai, então agora acabo ficando mais em casa e cuidando da minha filha, por isso que não estive em tantos shows quanto costumava.
SC: Para todas as bandas de metal lutando lá fora, quando você sentiu que tinha conseguido e parou de preocupar-se com o pagamento das contas... quanto tempo levou?
JR: Nós fomos sortudos de ter começado cedo, quando ainda éramos jovens e ainda vivia com os meus pais então por um tempo não tivemos que nos preocuparmos muito com dinheiro. Eu acho que a partir do primeiro álbum, levou cinco anos ou mais para ser capaz de viver disso e não ter que se preocupar mais.
SC: Qual é sua música favorita para tocar no momento? E porquê?
JR: Not My Funeral. É a faixa de abertura do álbum e também a primeira que tocamos neste setlist. Eu gosto das partes rítmicas e de todo o "groove" que emite.
SC: Qual seria sua banda britânica favorita?
JR: Hm.. os Beatles?
SC: Se fossemos à Finlândia, qual seria a palavra mais importante a aprendermos?
JR: Kiitos. Significa "obrigado".
SC: Vocês estarão fazendo turnê pelo Japão em breve, vocês já estiveram lá e o que pensam de lá?
JR: O Japão tem uma cultura muito bonita e muitas tradições. Como banda, o Japão é incrível, tudo é perfeitamente organizado. Você sabe.. às 10:00 se encontrar na portaria, 10:01 deixar o hotel, 10:02 pegar o ônibus! Haha, tudo é tão bem organizado.
SC: Já tentou tocar Was It Worth It? no Guitar Hero?
JR: Ainda não.
SC: Os fãs parecem sentir que vocês encontraram um novo entusiasmo nos seus shows, talvez devido às músicas novas - você sente isso?
JR: Realmente, esta não a primeira vez que ouço isso. Eu acho que estamos todos muito felizes de sermos headliners de novo. E também o Alexi bebe menos álcool. Pessoalmente, estou mais feliz desde que eu me tornei pai. Eu acho que todos estamos mais felizes no momento.
SC: O que vocês todos fazem antes de entrarem em palco?
JR: Eu pratico com o meu kit de praticar bateria e nós também temos uma caixa de entretenimento com um monte de jogos para PS 3 e coisas do tipo. É ótimo jogar games de corrida antes de entrar em palco. Dá-lhe energia!
SC: O Alexi fez algo de especial em seu aniversário?
JR: Hm, acho que não. Eu fui pra cama! Espero que ele não tenha se embriagado!
SC: O que mais te incomoda no mundo?
JR: Pessoas que sentem-se impotentes. Também pessoas que tem atitudes preconceituosas em relação aos outros.
SC: Você se considera feliz?
JR: Sim!
SC: Quais são as melhores e as piores partes de viver a vida de um músico profissional?
JR: A parte ruim é que você nunca sabe o que o amanhã pode trazer. Tudo poderia parar num instante, é muito frágil. Alguém poderia partir de repente e a banda poderia acabar. A coisa boa é que cada dia é diferente, você vê lugares diferentes, conhece muitas pessoas, nunca é a mesma rotina chata de escritório. Você também gasta um período longo de tempo com a sua família entre as turnês e não apenas ter um fim de semana de folga como num trabalho normal.
SC: Há alguma coisa que você sempre quis fazer ou guardou por toda sua vida, mas ainda não conseguiu realizar?
JR: Sim. Eu estou querendo escrever um livro há dez anos ou mais. Ficção. Eu tenho várias ideias em mente e já registrei algumas, mas são apenas trechos, não ainda uma estória mesmo. Eu acho muito difícil concentrar-me nisto enquanto estamos em turnê e quando vou para casa eu passo o tempo com a minha família e amigos, então no momento, eu realmente não tenho tempo para focar nisso.
SC: Qual seria a sua primeira dança ideal num casamento?
JR: Eu provavelmente escolheria por algo muito tradicional como a valsa, talvez.
SC: E a última música num funeral?
JR: Hm, essa é muito difícil! Talvez alguma música clássica de Sibelius, um compositor finlandês.
Fonte:
- http://www.subba-cultcha.com/features/article.php?contentID=24207
- http://www.facebook.com/childrenofbodom/
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